17 de março de 2010
Luzes que acendem,
estrelas que insistem em brilhar!
E cá, tão ameno este luar,
que pecado hei cometido com vós, estrelas?
Que reluzem, raio de fogo, sobre meu pranto,
iluminando as lágrimas qual rio
e o sangue turvo que turvo
que em minhas veias corre!
Qual sou eu,
qual é o sangue,
qual é o rio?
É o amor dói quando vaga doudo no espaço
nas etéreas plagas, nas asas de aço.
Ah! Arcanjos dai-nos vosso asco!
A humanidade fétida, torpe, insana,
cinismo mórbido que aos céus profana,
que importa o céu, quiçá o inferno,
se vivo o hoje, e o hoje é eterno?
Que importa Deus, se somos sua imagem,
cúmulo de maldade,
então Deus também é mal?
Quem sabe até está velho e surdo
e seu coração vagabundo
esqueceu como é amar!


Eduardo Cantos Davö

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Músico, Escritor, Anarquista e estudante de Direito (embora seja paradoxal). Um idealista, em busca do compreendimento das cousas mais banais que nos rodeiam.