24 de outubro de 2013
Continuo a dizer aquilo que sempre cri, o Homem é pedante, os seres humanos são assustadores e irracionais, de uma fealdade ininteligível.
Não faz muito tempo, fomos surpreendidos, mais uma vez, pelas denúncias de ativistas contra certo instituto que realizava “pesquisas científicas” em animais, em especial, cães da raça beagle.

Foto de Elaine Vigneault. Flickr.

Eram notórios os testes realizados por empresas multinacionais, com destaque para uma indústria cosmética, assaz famosa por patrocinar filmes e sempre estar em evidência na mídia. Contudo, assombra-me a reação de certos sujeitos, que compactuam com este tipo de violência.
Tive de refletir sobre a questão, tentei buscar uma linha de raciocínio que me pudesse justificar a postura dos sujeitos em defesa de um instituto daqueles. Não encontrei.
Parecem-me evidentes algumas questões, a primeira delas é o inacreditável temor humano da morte. Isso... Deste temor se iniciam todos os demais horrores promovidos por esta espécie – da qual infelizmente sou parte!
13 de maio de 2013
E’ triste ver no que nos transformamos! Nos últimos três anos estive em duas instituições de ensino superior e vejo consternado o quão e’ raro encontrar mestres com paixão em compartilhar saber, o quão tornou-se escasso lugares que realmente preparem o discente para algo que seja.
Entendo que a nossa sociedade se enraíza em preceitos liberalistas, encobertos por uma pseudobandeira esgarçada de socialismo, que não se sustenta co’ vento que dissipa uma frágil chama e, por tal razão, demanda-se a cada dia de profissionais mal qualificados, mão de obra de baixo custo que propiciem aos grandes gestores das instituições privadas margens de lucro significativas, ocultas em fajutas nomenclaturas de “sem fins lucrativos”, na grande maioria, a auferir capital bastante que no se conhece.
Estamos à mercê de poderes místicos, seres supremos inatingíveis, pois padecemos da tibieza e inércia, dos “aiques” de heróis acobardados, Macunaímas hodiernos, órgãos e responsáveis que não se dignificam em saber o quão caminhamos p’ro abismo de uma sociedade moldada em preceitos superficiais.
Nestes últimos períodos em que estive nos bancos acadêmicos, assisti aparvalhado a certos “Mestres” do Direito que foram incapazes de distinguir granizo e granito, cousas cujo significado nem em viagem psicodélica de ácido lisérgico se assemelham. Tive a infelicidade de ouvir destes que o augusto Estado de Minas Gerais, detentor dos maiores patrimônios históricos deste país, era um “país com leis diferentes”. Ainda, que fundamento legal e fundamento jurídico são “sinonímias perfeitas”, entre incontáveis outros absurdos. Aonde mesmo pretendemos chegar?
19 de janeiro de 2013

Quando escrevi o texto "Alvedrio", em novembro de 2011, que o amigo leitor pode relembrar aqui, era o pontapé inicial para o terceiro disco da minha carreira. Com esse título, "Alvedrio", é um disco que sintetiza muito trabalho, a busca pelos melhores acordes, pelos melhores arranjos, pelas melhores canções por mim compostas ao longo desses anos de dedicação plena e quase unilateral à música, sim, pois raramente temos algum reconhecimento quando trabalhamos com arte num país como o Brasil, tão carente...
Nesse ínterim, me aproximei mais, devido ao curso de Direito, das formas de licenciamento de conteúdo cultural, identificando-me muito com o sistema criado por Lawrence Lessig e, como cri neste sistema, resolvi adotar o Creative Commons nesse trabalho.
Penso que o melhor reconhecimento para o longo trabalho de produção desse disco será saber que as pessoas não dependerão do vil capital para adquirir a propriedade de um exemplar seu, lembrando que a propriedade é um instituto quase absoluto – e que todo o absoluto é mui perigoso para a busca de coisas melhores, sequer existindo num plano real, não abstrato legal.
Por estas razões, o novo disco esta logo abaixo, livre para cópia, distribuição, livre utilização para fins pessoais ou comerciais, bem como a criação de obras derivadas, desde que sejam redistribuídos pela mesma licença, isto é, fomentar a cultura e o Creative Commons.

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Músico, Escritor, Anarquista e estudante de Direito (embora seja paradoxal). Um idealista, em busca do compreendimento das cousas mais banais que nos rodeiam.