27 de setembro de 2010
Pensamos que existimos ou existimos porque existimos? Se pensarmos que pensamos que existimos, na verdade não existiremos, subsistiremos como outros antes de nós subsistiram e nós sequer sabemos, pois como foram meros fragmentos, ou nem isto, não temos conhecimento de sua real existência, desconhecendo seus nomes, suas faces, seus pensamentos. E assim, isso seria o pleno desconhecimento e a plena inexistência.
Por outro lado, se existimos porque pensamos, o pensamento é a própria existência, assim nada existe senão o pensamento. Por estas sendas vemos na historia que sabemos apenas da existência do pensamento. Conhecemos o pensamento de Sócrates, Rousseau, Hobbes e Locke, mas por outro lado desconhecemos a face existencial de fato destes, o lado negro que quando estamos vivos os mais próximos conhecem, as preferências do cotidiano, a forma de olhar por sobre as folhas do outono, por exemplo.
11 de setembro de 2010
As pessoas nunca deveriam nascer, este é o delito mor do ser humano, ou pelo menos não deveriam nascer nestes tempos modernos.
Hoje vivemos a era do politicamente correto, que de correto é só o termo, nos tornamos frios, calados, cínicos, dissimulados. Evitamos termos pelo temor do preconceito, gerando mais do mesmo, pois o fato de utilizar um termo considerado pejorativo poderá ser até mesmo carinhoso. Pior que isso são os atos que cometemos, o cinismo nos corrói!
Vivemos a era do egoísmo, tão forte se faz presente, que nos esquecemos dos demais entes do mundo ao redor. Pensamos demasiadamente no “eu”. “Eu fiz...”; “Eu falei...”; “Eu tenho...”. A maior pena é termos esquecido o único “eu” que realmente importa: “Eu sou”.
1 de setembro de 2010
Um dos maiores dilemas de quando se começa a pensar em demasia é a certeza que se origina do pensamento, certeza essa que agimos pouco em face das atrocidades que estão mais próximas, tão próximas que teimamos em não enxergar, por que nos amarra a venda negra, nos cegando, prende um nó na garganta ao ver o asqueroso mundo moderno, e isso nos cala, e aos poucos também nos torna surdos aos gritos de uma nação que já moribunda teima em sobreviver mais um dia. Aí surge o mais desesperante fator, nossa ignorância e nossa inércia. No mundo contemporâneo há uma forma pré-moldada onde todos os “pseudo-cidadãos” devem se encaixar, ainda que não se encaixem, ainda que relutem contra as barbáries dessa sociedade “civilizada” que age de forma bárbara, no pior sentido da expressão.
É degradante o show dramatúrgico de qualidade questionável promovido pelo Horário Eleitoral Gratuito, vemos uma salada mista de frutas e palhaços que pensam ter algum conhecimento jurídico para criar e revogar as leis que assegurarão nossos direitos e engolimos a seco um espetáculo de promessas juridicamente impossíveis e a boa e velha mostra dos milagres operados pelos candidatos, boas e velhas mentiras, mas sem a qualidade das mentiras de antigamente, quando havia tanta convicção nas palavras destes que nós, meros seres pré-moldados, quase acreditávamos.

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Músico, Escritor, Anarquista e estudante de Direito (embora seja paradoxal). Um idealista, em busca do compreendimento das cousas mais banais que nos rodeiam.