27 de setembro de 2010
Pensamos que existimos ou existimos porque existimos? Se pensarmos que pensamos que existimos, na verdade não existiremos, subsistiremos como outros antes de nós subsistiram e nós sequer sabemos, pois como foram meros fragmentos, ou nem isto, não temos conhecimento de sua real existência, desconhecendo seus nomes, suas faces, seus pensamentos. E assim, isso seria o pleno desconhecimento e a plena inexistência.
Por outro lado, se existimos porque pensamos, o pensamento é a própria existência, assim nada existe senão o pensamento. Por estas sendas vemos na historia que sabemos apenas da existência do pensamento. Conhecemos o pensamento de Sócrates, Rousseau, Hobbes e Locke, mas por outro lado desconhecemos a face existencial de fato destes, o lado negro que quando estamos vivos os mais próximos conhecem, as preferências do cotidiano, a forma de olhar por sobre as folhas do outono, por exemplo.
Será, talvez, que estes não nos tivessem legado seus pensamentos nós conheceríamos sua existência? Sendo assim, como estes, outros existiram também e desconhecemos suas existências.
Assim, o que é existir? Existimos apenas para pensar? Se a existência é apenas o pensamento, legado à posteridade, se não o fizermos será como se não tivéssemos existido, levando as futuras gerações à conclusão universal que existiram outros, mas não nós. Entretanto, de fato teremos existido ou não?
Talvez a razão de existir seja não existir, pois agora existimos e no futuro não mais, isto é, a existência é a própria vida e a inexistência a morte, desta forma a razão de viver talvez seja apenas morrer. Mas, se existirmos para morrer, por que não morrer primeiro e depois existir.
Tal ordem alterada de fatores não mudaria muito, pois se morrermos primeiro para depois existir, depois de existir voltaremos ao antes do existir, ou antes de nascer, inexistindo novamente. Sendo assim, qual a razão de existir?
Eduardo Cantos Davö

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Músico, Escritor, Anarquista e estudante de Direito (embora seja paradoxal). Um idealista, em busca do compreendimento das cousas mais banais que nos rodeiam.