10 de março de 2010
Quando imagino a vida moderna, em suas questões políticas e sociais, vejo que a melhor maneira de exemplificar isso é com as seguintes idéias hipotéticas.
Imaginemos uma democracia onde nada funciona como deveria, onde saúde, educação, segurança e todas as outras condições básicas de um ser humano existem de forma parca. Este lugar hipotético é livre, democrático e sua maioria recrimina as ações dos governantes, ao fim de quatro anos trocam seus governantes, visto que os atuais são insatisfatórios. Na sucessão, assume um ditador, déspota, intransigente e este impõe a essa sociedade uma tenebrosidade feal. 

Decreta a proibição de instituições de ensino, sendo punível aquele que ousar conhecer mais que ele. Proíbe o acesso à saúde, pois, alega que se trata de cousa efêmera, para forçar gastos desnecessários e diz, por fim, que segurança é cousa que se cuida por si mesmo.
E este governante faz com que o povo espontaneamente saia às ruas e grite: “Salve o querido presidente, pai dos flagelados”. E assim, carregam este nos braços, em meio à realidade dantesca, o louvam em desvario lisérgico, até que um dia este é obrigado a deixar o poder por pressão de forças externas, delegando assim o cargo a um cavalo. O povo então, triste, em revolta inenarrável e ininteligível, mata o cavalo e traz nos braços o calhorda tirano de volta ao poder.


Eduardo Cantos Davö

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Músico, Escritor, Anarquista e estudante de Direito (embora seja paradoxal). Um idealista, em busca do compreendimento das cousas mais banais que nos rodeiam.