24 de março de 2010
Luz de Luar...Candeia acesa, já é madrugada alta, o frio da gélida noite de inverno é insuportável.
Enrolado a um cobertor, tentando inutilmente se proteger da noite ingrata.
O silêncio da noite o faz pensar na vida, cada instante que passou. Pela janela de vidro percebe-se a geada na fonte de água, que outrora era cheia de vida.
Não se vê mais um verde de esperança, nem o azul marinho do céu.
Por um instante a luz da candeia quase se apaga. No pomar da casa, lembranças de uma vida inteira, feliz.
E a candeia se apaga, mas, não só a candeia...
É mais uma vida que se finda.
Sem luar, sem a fonte cheia de vida, sem as flores e frutos do pomar.
Restou apenas o vazio, o nada mais completo de nada.
E ao amanhecer do dia, na biblioteca da casa, há apenas uma candeia apagada e um corpo ao chão.

Eduardo Cantos Davö

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Músico, Escritor, Anarquista e estudante de Direito (embora seja paradoxal). Um idealista, em busca do compreendimento das cousas mais banais que nos rodeiam.