10 de julho de 2011
Acordei de um sonho, uma epifania... E por um segundo o mundo fez sentido justamente por não ter sentido algum aquilo que vi em mente minha.
Éramos todos iguais, num mundo igual ao nosso, com mesmos velhos retratos, tudo estava em seu perfeito lugar...
E no correr de uma folha ao vento, via a terra do espaço... E me indaguei: O que somos?
E surpreendentemente percebi uma resposta sem nexo, que fazia um bom sentido!
Cada planeta era uma minúscula parte do núcleo de um neurônio, e cada constelação era uma memória de um momento da humanidade, como Hércules com sua espada. E pensando assim, quase sem pensar, cada galáxia formava um neurônio inteiro e juntas formavam um cérebro de um ser fantástico, inimaginável, mas que imaginei. E tudo que conhecemos, desde a minúscula partícula medida em nano até as muralhas da china, da micro bactéria ao ser humano, tudo era mera imaginação dessa grande mente deste ser.
Nesse ponto percebi que para este ser, do qual habitamos a mente infinita e que, sequer a conhecemos por completo, somos bilhões de vezes menores que o menor grão de areia de conhecemos. E sim, talvez sejamos peças criadas por este, que por falta de nome melhor chamarei de Universo, e assim pensamos que ao pensar existimos, quando talvez existamos apenas porque esta grande mente imagina de existamos, sendo que nós, na realidade, ou não, não existimos.
De Sócrates a Descartes, tudo seria pura invenção de alguém que imaginou. Nossa história e as pequenas estória do cotidiano seriam ilusões.
Confesso-lhos, caros leitores, que tal idéia me deu dor de cabeça, pois nesse plano de raciocínio minha própria cabeça seria invenção alheia. E assustadoramente por um segundo fez sentido perceber que toda vida é de fato ilusão, pois quando essa grande mente – Universo – se esquece de algum de nós, deixamos de existir.
Não quero com isso dizer que isso é verdade, ou é absoluta, mas quero com acinte que aqueles que se dignam a pensar o que somos e buscam a verdade me contestem, pois toda hipótese precisa de uma antítese para se criar uma dialética.
Portanto, peço-lhos, tenham a mesma dor de cabeça que tive ao imaginar tudo isso, e pensem a fim de conhecer a si próprios e ao que lhos cercam. Busquem novamente o “nosce te ipsum” inscrito no Oráculo de Delfos que os habita.
Eduardo Cantos Davö

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Músico, Escritor, Anarquista e estudante de Direito (embora seja paradoxal). Um idealista, em busca do compreendimento das cousas mais banais que nos rodeiam.