29 de março de 2011
Ensaio sobre a palavra
00:37
| Postado por
Eduardo Cantos Davö
|
É como um jogo, um brinquedo mental, que do branco papel, bege pergaminho, aos poucos se dá a cor, preenche-se c’oas letras que, sós, são apenas caracteres sem razão e juntas formam palavras ressoando no eco da eterna ilusão!
Apenas palavras, que soltas, nada dizem mais do que a si e, assim, solitárias, egoístas, que soam seu próprio som... Nada são!
Palavras existem em todo canto, é, pois, o invento mor da medíocre humanidade, mas se bem urdidas dão uma liga, formam elos em parágrafos. Parágrafos de palavras feitas de letras que, sem intuito, são só parágrafos de leveza e superficialidade sem um porquê. Dizem nada, gastando o espaço no papel onde poderiam dizer tudo... Ou quase tudo...
E os parágrafos de tinta cor de breu se enamoram, juntam-se e formam páginas, que contam estórias, que criam rostos, constroem o espaço, transpassam o tempo... E por meio de um minúsculo símbolo gráfico, o Homem constrói um universo, é anarquista e ateu, pois não se sujeita a um Estado, nem se submete a um Deus... Junta seus caracteres em palavras, palavras em parágrafos e parágrafos em estórias, o Homem é um Deus, que brinca esvoaçante c’os destinos, recria a madona de nanquim.
E tecendo palavras, faz crescer idéias, as espalha a outros tantos, em mil e um cantos, e o faz tanto e com tal veemência, que convence... E muda a vila, que muda a província, que muda o país, que muda as palavras!...
Mas, o mais fascinante de palavras não é o que dizem, nem o que guardam em seu som como relíquia íntima de si mesmas... Não, o fascínio maior das palavras esta naquilo que nem chegam a dizer, mas também não negam... Deixam ecoar em mente nossa e, saiba, é tão particular, que onde um lê “asma”, outro lê "amas", é que destes símbolos se fazem mil anagramas, milhões de entrelinhas, um labirinto intrigante que somente seu construtor sabe como se desvencilhar.
Por isso, digo aos amigos poetas, escritores d’amores, profetas insanos do dia que está, não criem estórias – notícias ou fatos – criem estórias ocultas nas entrelinhas de cada palavra de uma outra história, que narra uma outra: onde cada um lê o que quer!...
Apenas palavras, que soltas, nada dizem mais do que a si e, assim, solitárias, egoístas, que soam seu próprio som... Nada são!
Palavras existem em todo canto, é, pois, o invento mor da medíocre humanidade, mas se bem urdidas dão uma liga, formam elos em parágrafos. Parágrafos de palavras feitas de letras que, sem intuito, são só parágrafos de leveza e superficialidade sem um porquê. Dizem nada, gastando o espaço no papel onde poderiam dizer tudo... Ou quase tudo...
E os parágrafos de tinta cor de breu se enamoram, juntam-se e formam páginas, que contam estórias, que criam rostos, constroem o espaço, transpassam o tempo... E por meio de um minúsculo símbolo gráfico, o Homem constrói um universo, é anarquista e ateu, pois não se sujeita a um Estado, nem se submete a um Deus... Junta seus caracteres em palavras, palavras em parágrafos e parágrafos em estórias, o Homem é um Deus, que brinca esvoaçante c’os destinos, recria a madona de nanquim.
E tecendo palavras, faz crescer idéias, as espalha a outros tantos, em mil e um cantos, e o faz tanto e com tal veemência, que convence... E muda a vila, que muda a província, que muda o país, que muda as palavras!...
Mas, o mais fascinante de palavras não é o que dizem, nem o que guardam em seu som como relíquia íntima de si mesmas... Não, o fascínio maior das palavras esta naquilo que nem chegam a dizer, mas também não negam... Deixam ecoar em mente nossa e, saiba, é tão particular, que onde um lê “asma”, outro lê "amas", é que destes símbolos se fazem mil anagramas, milhões de entrelinhas, um labirinto intrigante que somente seu construtor sabe como se desvencilhar.
Por isso, digo aos amigos poetas, escritores d’amores, profetas insanos do dia que está, não criem estórias – notícias ou fatos – criem estórias ocultas nas entrelinhas de cada palavra de uma outra história, que narra uma outra: onde cada um lê o que quer!...
Eduardo Cantos Davö
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- Eduardo Cantos Davö
- Músico, Escritor, Anarquista e estudante de Direito (embora seja paradoxal). Um idealista, em busca do compreendimento das cousas mais banais que nos rodeiam.
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