12 de julho de 2012
Chamem o hospício... Devo estar mesmo louco...
Apesar de ver o mundo caminhando para um abismo, ainda creio que possa haver um freio que nos faça parar e voltar a um trilho que nos leve a algum jardim para que nos sentemos na grama verde, amigos em volta, uma canção de muito tempo... Cabelo ao vento...
Apesar de ver a corrupção criando seus fantoches puníveis e mantendo velhos ratos no poder, ainda creio que podemos mudar o rumo, arrancar-lhes a espada que mantém sobre nossas gargantas, entupidas com os sapos que engolimos.
Apesar de ouvir “tchu tcha tcha” nos veículos de manipulação cerebral de um povo dormente, que tem que engolir a seco o que lhe impõe os impérios fonográficos, ainda creio que somos capazes de ouvir e fazer boa música... Bons momentos... Cantar nossa gente despida de máscaras de pseudoalegria... E é por isso que vivo escutando gente que já se foi, mas nos deixou o caminho a trilhar...
Apesar do egoísmo do ser humano, ainda creio que somos capazes de estender a mão a quem precisa, antes que precisem, para que não precisem... e vivam como nós.
Apesar dos dias tristes que insistem em chegar, ainda creio que possamos converter a lágrima em qualquer coisa boa... Uma poesia, uma canção... Qualquer expressão de emoção... Felicidade é um instante de demência que nos faz esquecer qualquer outra coisa e que, se durasse eternamente, tornar-nos-ia imbecis.
Apesar de nosso silêncio, das reticências, creio ainda que nos lembremos de que agora podemos falar... E se não pudermos... Façamos!
Apesar de profissionais de caráter vil, que maculam todas as profissões, ainda creio que sejamos capazes de respeitar as pessoas... Ainda acredito que as pessoas viverão um dia sem querer tirar vantagem de todos...
Apesar de nossa educação formar analfabetos funcionais, ainda acredito que sempre é tempo de correr atrás e mudar esse cenário. Ainda que chovam granitos, que Minas Gerais se torne um país, que candidatos sejam “elegidos”- ao invés de eleitos – entre tantas outras bobagens que ouvi de professores mestres nos últimos meses... Sim ainda acredito, embora o prognóstico seja espectral!
Mas para que o ‘apesar de’ ganhe uma forma efetiva, dependerá exclusivamente de cada um de nós... Do que faremos, das nossas coragens em combater aquilo que não queremos...  De falar o que quisermos, sem medo de julgadores... É preciso coragem e vergonha na cara!
Sei bem... Meu caso é mais grave do que a medicina pode explicar... É platonismo-utópico agudo crônico... Mas me sinto bem!... Chamem o hospício... Devo estar mesmo louco e não quero me curar!

Eduardo Cantos Davö

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Músico, Escritor, Anarquista e estudante de Direito (embora seja paradoxal). Um idealista, em busca do compreendimento das cousas mais banais que nos rodeiam.